Com três séculos de tradição em Minas Gerais, os “Modos de Fazer” do Queijo Minas Artesanal foram formalmente reconhecidos com o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. O anúncio aconteceu nesta quarta-feira 4.12, em cerimônia realizada em Assunção, no Paraguai, durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco. A candidatura teve o apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e do Sebrae Minas. 5t1p4a
O reconhecimento destaca o caráter familiar das propriedades envolvidas na produção do Queijo Minas Artesanal, o envolvimento dos produtores com o bem-estar animal e o papel do queijo na promoção de um modo de vida marcado pela hospitalidade e forte sentido de pertencimento às comunidades rurais. Os “Modos de Fazer” do Queijo Minas Artesanal representam uma coleção de experiências, símbolos e significados que estabelecem a identidade do produto, amplamente reconhecido pelos brasileiros.
O Queijo Minas Artesanal (QMA) é o tipo de queijo artesanal mais produzido no estado, também feito a partir de leite cru, em pequenas propriedades rurais, utilizando receitas tradicionais e familiares, que preservam a identidade cultural do povo mineiro. Atualmente, 15 regiões de Minas Gerais produzem queijos artesanais sem nenhum processo industrial. Dessas, 10 regiões – Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro – produzem o tipo Queijo Minas Artesanal (QMA).
Para preservar a tradição e garantir a qualidade do produto, os ‘modos de fazer’ do QMA já haviam garantido o mesmo reconhecimento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2008. O produto tem sua história ligada ao século XVIII, durante o período da colonização portuguesa. Ele surgiu nas regiões mineiras onde a pecuária e a produção de leite tiveram expansão como parte do cotidiano das fazendas mineiras.
FONTE – Sebrae Minas
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